
" a dama com chapéu preto e seu cão"
quem de um cão é dono
é também, um canino artefato
nos objetos possuídos
recolhe, sentimentos em garrafas
destila, em olhares frias taças
persegue, etéreas ondas de matéria
corre, não olha
o tempo passa
não vê, a montanha cresce
se perdem controles
olha mais tarde
se espanta, é pouco
que cresça, que viva
que ande, que fale
na hora iminente
o volume tarda
não há espaço
não há saída
ou há saída
mas deixa a outro
a fortuna espera
outro final começa
a aposta lançada
doutro desfecho a promessa
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