apenas um cão
corrente na espinha
ouvidos atentos
olhar vigilante
farto de olfato
não teme não sabe
de onde de fato
espera mais tarde
o prato de carne
recebe de novo
o banho incômodo
a tesoura polida
o perfume fedido
ao espelho não olha
que significa a imagem
não descobre o sentido
um conceito perdido
a simetia perfeita
do dono canino
não vê o traçado
em tudo mudado
os olhos já cegos
a alma perdida
não mais se conhece
tal face num homem
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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